Em entrevista no Twitter do governo, ele não deu prazo para a ocupação.
'Tem que ser feito a seu tempo, sem mágica nem pirotecnia', disse ele.
O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, anunciou na tarde deste domingo (14) a ocupação da favela do Rato Molhado, no subúrbio da cidade, próxima ao conjunto de favelas do Jacarezinho, ocupada na madrugada deste domingo por forças policiais, que também ocuparam as favelas de Manguinhos, na mesma região.
Em entrevista pelo Twitter do governo do estado, Beltrame disse que “está prevista uma ocupação definitiva” na área do Rato Molhado.
“Não foi feito ainda porque tem que ser feito a seu tempo, sem mágica nem pirotecnia. Uma ocupação envolve grande esforço das instituições policiais e a gente mexe com a esperança das pessoas. Por isso não adianta espichar o projeto sem ter condição de dar tranquilidade para a população. A ocupação é uma atitude é definitiva”, disse ele.
Beltrame fala em vídeo no Twitter do governo do estado (Foto: Reprodução de site) |
Em resposta a uma pergunta, sobre o porque de não ter havido grande número de prisões durante a ocupação de Jacarezinho e Manguinhos, Beltrame disse que “a polícia nunca vai prender todos os bandidos”.
“Infelizmente, o Rio ficou abandonado muito tempo sem políticas de segurança visíveis que tivessem resultado. Estamos fazendo isso há quatro anos com o programa de UPPs e temos tivo resultados tanto na queda da criminalidade como em prisões como as de Rodrigão eBacalhau”, explicou.
Rodrigo Belo Ferreira, de 30 anos, o Rodrigão, apontado como chefe do tráfico da parte baixa da favela de São Conrado, na Zona Sul, foi preso no sábado (13) por
policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha. Já Luis Fernando Nascimento Ferreira, conhecido como Nando Bacalhau, que seria o chefe do tráfico de drogas do Morro do Chapadão, em Costa Barros, no subúrbio, foi preso no início do mês pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Segundo o secretário, quando acontece uma ocupação, os criminosos saem para outros lugares, mas ficam vulneráveis.
“Não têm o manto da proteção daquela comunidade. Isso facilita o trabalho da polícia. É importante prender, mas mais importante é tirar o território deles para outro traficante não se instalar. Se não prender na hora, é obrigação nossa correr e apresentá-lo mais tarde”, completou.
Já sobre o fato de a polícia ter ocupado um território perigoso, que chegou a ser chamado de Faixa de Gaza, Beltrame disse que a estrutura para a ocupação foi muito forte.
“Foi uma massa de policiais muito pesada, com blindados. A ideia é que ninguém esboce reação porque estamos lá para cumprir uma missão. No que a ocupação é anunciada, que tem mandado de prisão sai. O que se faz é criar um cerco no locais para onde eles podem migrar e monitorar para que se possa fazer essa prisão de maneira menos traumática possível”, disse.
28 UPPs
O Rio de Janeiro tem hoje 28 Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), ponta de lança do processo de pacificação iniciado pelo governo do estado há quatro anos. Cerca de 370 mil moradores são beneficiados. A primeira UPP foi instalada em dezembro de 2008, no Morro Santa Marta, em Botafogo, Zona Sul da cidade.
O Rio de Janeiro tem hoje 28 Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), ponta de lança do processo de pacificação iniciado pelo governo do estado há quatro anos. Cerca de 370 mil moradores são beneficiados. A primeira UPP foi instalada em dezembro de 2008, no Morro Santa Marta, em Botafogo, Zona Sul da cidade.
Em 2009, o Rio ganhou mais quatro Unidades de Polícia Pacificadora, nas comunidades da Cidade de Deus, Jardim Batan, Babilônia/Chapéu Mangueira e Pavão-Pavãozinho/Cantagalo.
No ano seguinte, as UPPs chegaram a mais oito localidades: Ladeira dos Tabajaras/Cabritos, Morro da Providência, Borel, Formiga, Andaraí, Salgueiro, Turano e Macacos.
Em 2011, as comunidades de São João Quieto/Matriz, Coroa Fallet/Fogueteiro, Morro dos Prazeres/Escondidinho, Complexo de São Carlos e Mangueira/ Tuiuti ganharam UPPs.
O Morro do Vidigal, no Leblon, recebeu a primeira UPP de 2012. Em seguida, as unidades foram instaladas ao Morro do Alemão, Fazendinha, Nova Brasíllia, Adeus/Baiana, Chatuba, Fé/Sereno, Parque Proletário, Vila Cruzeiro e, em setembro, à Rocinha, a maior favela do Rio de Janeiro.
fonte: G1
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