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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Está em estado grave jovem que viajou para conhecer amiga da internet

Está em estado grave jovem que viajou para conhecer amiga da internet


Imagem da JP


Está internada na UTI em estado grave a jovem Joevellyn Aghata Martins, de 18 anos, que saiu de sua casa, na última sexta-feira, em Campo Grande e viajou para Salvador para conhecer uma amiga com quem conversava há cerca de três anos pela Internet. A viagem foi autorizada e paga pela família. Joevellyn foi encontrada pela polícia na noite de terça-feira em um matagal da capital baiana. Ela estava desacordada, seminua e com sinais de espancamento.
A amiga que hospedou Joevellyn tem 21 anos. Ela e o marido, de 24, prestaram depoimento à Polícia Civil. O casal disse que buscou Joevellyn na sexta-feira no Aeroporto Internacional de Salvador e, na noite de sábado, as amigas se desentenderam. A polícia não revelou o motivo da discussão. A turista decidiu, então, sair da casa da amiga para se divertir. O casal contou que, como a jovem demorou para voltar, foram procurá-la na região. Em um bar, foram informados que Joevellyn esteve no local, bebeu cerveja com um grupo de pessoas, saiu para comprar cigarro e foi para outro bar, onde conheceu outras pessoas que a convidaram para uma festa. Após sair com o grupo, ela não foi mais vista. A polícia esteve nos dois bares e confirmou a versão do casal.
A última vez que a jovem falou com a família foi no sábado. De acordo com o irmão de Joevellyn, ela disse que estava bem, mas que tinha achado o lugar feio e perigoso.
Na segunda-feira, a amiga telefonou para a família de Joevellyn para dizer que a jovem havia desaparecido e, na manhã de terça-feira, prestou queixa na polícia.
A polícia diz que não considera o casal suspeito, mas também não descarta totalmente envolvimento no crime. O pai e uma tia de Joevellyn chegaram a Salvador na quarta-feira, prestaram depoimento e tentaram dar informações que pudessem ajudar a polícia nas investigações. O irmão da jovem disse que sua mãe está extremamente abalada, sem condições de falar.

Lua surgiu do choque da Terra com outro planeta, indica pesquisa


Ovas análises químicas feitas nas rochas lunares coletadas por astronautas de quatro missões Apollo, da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), trazem indícios de que a Lua foi formada a partir de uma grande colisão entre dois planetas. A descoberta foi divulgada nesta quarta-feira (17) em artigo científico no site da revista Nature.
Pesquisadores da Universidade de Washington, em St. Louis, e da Universidade de San Diego, na Califórnia, compararam átomos de zinco encontrados em pedras vulcânicas lunares com os de exemplares da Terra e de Marte.





Ilustração mostra colisão de um corpo celeste com a Terra, semelhante ao processo que deu origem à Lua. Segundo estudo publicado nesta quarta-feira (18), o satélite natural surgiu a partir de uma nuvem de vapor de zinco após um massivo choque planetárioNasa/JPL-Caltech
As amostras da Lua tinham um excesso mínimo de uma variante mais pesada do elemento químico – que surgiu a partir de um processo de vaporização, e não de atividade vulcânica ocorrida no satélite, como se imaginava.
Segundo o estudo, uma colisão catastrófica fez com que os átomos de zinco mais pesados se condensassem em uma nuvem de vapor mais rapidamente do que os isótopos leves, formando a Lua. Além disso, o grande choque gerou muita energia, suficiente para derreter o corpo celeste causador do impacto, e fez com que boa parte dos átomos leves do zinco ficassem na Terra, que ainda encontrava-se em um estado primitivo. 
“Como é que você remove todos os voláteis [átomos] de um planeta, ou neste caso, de um corpo planetário?”, questiona James Days, um dos três autores do artigo. “Você precisa de uma fusão massiva da Lua para fornecer o calor necessário para evaporar o zinco.”
De acordo com os autores, entender como os corpos se formaram pode revelar o porquê de a Terra ter condições favoráveis à vida e, ainda, levar os cientistas a procurar melhor essas evidências em outros planetas.
UOL 

Confira mais fotos da rebelião que durou quase vinte horas em THE

Prazo de jultamento para detendos provisórios da Casa de custódia será de cem dias

Detentetos quebraram todas as paredes para tentar chegar à rua

No início da noite de quarta (17/10) estourou uma rebelião na Casa de custódia em Teresina. O motivo, confirmado depois pela secretaria de Justiça foi o fato dos presos estarem revoltados com a superlotação do presídio, localizado na zona Sul da capital piauiense.
O motim foi liderado e apoiado por presos recambiados de Esperantina, que promoveram também uma rebelião no presídio daquela cidade, resultando em um detento morto. Eles se juntaram a líderes da capital, dentre eles um integrante do PCC de São Paulo
O foco inicial da rebelião foi o pavilhão B, onde cada cela comporta oito presos porém, atualmente, abriga vinte presos. Nesse momento os presos estão no pátio do pavilhão e tentam dominar os corredores do presídio, quebrando tudo o que encontram pela frente, de acordo com o Sindicato dos agentes penitenciários.
O secretario de Justiça Henrique Rebelo divulgou à imprensa que uma das medidas tomadas será transferir um dos líderes da rebelião, que pertence ao PCC, a ideia, segundo o secretário é transferí-lo para um presidio federal no Estado de São Paulo. De acordo como Sinpolpijuspi, o detendo mencionado trata-se do paulista Fabio reina.





Resultado do Google, publicado por engano, faz ações caírem


Lucro cai 20% em relação ao mesmo período de 2011, para US$ 2,18 bilhões


O Google publicou por engano uma versão preliminar de seus resultados trimestrais, que ficaram significativamente aquém das expectativas do mercado, tanto em termos de receita quanto lucro, levando a queda de 8,01% do valor de mercado da líder em busca e publicidade na Internet. Durante o dia, a mínima foi de 9%.
O Google disse que a empresa que imprime seus comunicados financeiros, a RR Donnelley, publicou horas antes do previsto um rascunho do comunicado relativo a seus resultados do terceiro trimestre sem autorização. A companhia disse que está trabalhando para concluir o documento.
A companhia, que recentemente superou a Microsoft para se tornar a segunda maior empresa de tecnologia dos Estados Unidos em valor de mercado, divulgaria seus resultados após o fechamento dos mercados.
O segundo parágrafo do comunicado à imprensa continha apenas a frase "Inserir declaração de Larry", sugerindo que o espaço era reservado para um comentário do presidente-executivo da empresa, Larry Page.
 
O Google, que está tentando reestruturar a sua controlada e deficitária Motorola Mobility, apresentou queda de 20% no lucro líquido do terceiro trimestre, para US$ 2,18 bilhões. Excluindo alguns itens, o lucro no terceiro trimestre foi de US$ 9,03 por ação, inferior à expectativa média de analistas de ganho de US$ 10,65.
"Temos dito que este assunto estava perto de uma reviravolta. Não é que o Google não está sendo o Google, mas ainda há muitas questões grandes", disse o analista Colin Gillis, do BCG.
"Os preços dos 'clicks' caíram pelo quarto trimestre consecutivo, após terem subido por oito trimestres consecutivos antes disso. Isso é negativo. Isso é um problema da mobilidade (de dispositivos)", acrescentou.
"Outra coisa é que o caso da Motorola havia sido ignorado pelo mercado, e agora você tem uma receita fraca da Motorola. Quando você adquire um negócio e você está perto de demitir várias pessoas e fechar escritórios, você sabe o que acontece com funcionários? Eles param de prestar atenção. As vendas caíram", disse o analista.
A receita líquida do Google --excluindo custos de aquisição de tráfego na Web-- foi de US$ 11,3 bilhões no terceiro trimestre, abaixo da estimativa média de Wall Street de cerca de US$ 11,9 bilhões.
O anúncio surpresa do resultado, que era esperado para após o fechamento do mercado acionário, levaram as ações do Google caírem 9%, para US$ 687,30. A negociação com os papéis da empresa foi suspensa pela bolsa eletrônica Nasdaq .

Veja repercussão dos vetos de Dilma à MP do Código Florestal


Decreto presidencial aponta 9 vetos à MP aprovada no Congresso.
Mudanças por medida provisória foram criticadas.



A decisão da presidente Dilma Rousseff de vetar nove pontos do novo Código Florestal que havia sido aprovado pelo Congresso federal provocou críticas entre membros da bancada ruralista no Congresso e organizações ambientais.
Nesta quinta-feira (18), o Diário Oficial da União publicou o veto do artigo 83, além de suspensões parciais feitas aos artigos 4º, 15º, 35º, 59º, 61º-A e 61º-B. O decreto esclarece ainda como vai funcionar o Sistema de Cadastro Ambiental Rural (CAR) e estabeleceu normas aos Programas de Regularização Ambiental (PRA).
O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), um dos líderes da bancada ruralista no Congresso, criticou o decreto de Dilma. Para ele, as exigências de reflorestamento da maneira como foram estipuladas pela presidente joga os produtores rurais do Brasil na irregularidade.
“Qual é a propriedade no país hoje que atende a lei? A lei não é aplicável. Produz um quadro de total ilegalidade, todos os produtores ficarão na condição de irregularidade. A lei impõe um custo ao produtor e não diz onde ele consegue renda para arcar com esse custo. Tempo para se adaptar à lei não é o problema, o problema é a renda”, afirmou Caiado.
Ele disse ser contrário também ao fato de a presidente ter emitido um decreto para suprir os vetos. “Legislar, criar lei por decreto, isso não existe em lugar nenhum do mundo. Então pra que serve o Congresso?”, questionou o deputado.


'Nova fase'

Já a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e também uma das líderes dos ruralistas no Congresso, concorda com os vetos da presidente. Segundo ela, não houve derrota para os ruralistas. “Temos o conteúdo principal, ganhos extraordinários. Os outros detalhes têm importância, mas são detalhes”, disse Katia.
A senadora disse ainda ter sido a favor do veto ao plantio de árvores frutíferas para recuperar áreas de preservação permanente degradadas, por temor de contaminação de rios por defensivos agrícolas. “Não existe fruticultura em larga escala sem uso de defensivos”.

Sobre o dispositivo que recomenda o reflorestamento de acordo com o tamanho da propriedade, conhecido como "escadinha", Katia Abreu afirma que a volta das medidas apresentadas na medida provisória da presidente não afetam os produtores rurais e prejudica o trabalho feito pela comissão mista do Congresso.
“Não vou ficar brigando por conta de 5 ou 10 metros [de recomposição de margens de rios]. O tempo dirá o que é realmente necessário”, explica. Ela complementa dizendo que foi um debate democrático, mas que não está 100% satisfeita como produtora rural.
“É claro que não estou [satisfeita como produtora], mas estou satisfeita como cidadã. Além disso, caiu a hegemonia das ONGs em cima do Ministério do Meio Ambiente e no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais). (...) Esse paradigma de que só ONG opinava na questão ambiental ‘matava’ o produtor rural. Agora temos segurança jurídica. Será uma nova fase”, disse a senadora.

Benefício aos pequenos agricultores

O senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), relator da medida provisória do novo Código Florestal, afirmou que os vetos beneficiaram os pequenos produtores e agricultores familiares. “Tem de se ressaltar que a presidente deu um passo muito positivo em relação àqueles que mais deveriam ser protegidos, que são os pequenos agricultores e agricultores familiares. Estes foram alvo de grande proteção pela presidente”, afirmou o relator da matéria.

Segundo Luiz Henrique, as suspensões prestigiam o projeto feito pelo Senado, e posteriormente, modificado pela Câmara dos Deputados. “De um certo modo, os vetos da presidente são no sentido de prestigiar da votação feita aqui no Senado. Não temos de pensar em setores, em ruralistas e meioambientalistas. Temos de pensar no país. O projeto sancionado pela presidente mentem o equilíbrio entre produção e preservação”, disse o relator.


Decreto surpreendeu ONG

Para o especialista em políticas públicas Kenzo Jucá, da organização ambiental WWF Brasil,  a notícia foi recebida com “muita surpresa” e vista como um ato inconstitucional, que poderia ser derrubado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“Um presidente da República não pode legislar por decreto, por mais que seja algo positivo. É preciso respeitar a Constituição, e o Executivo não pode assumir a posição do Legislativo. Isso compromete todo o conjunto da lei e todo o processo de reforma do Código”, diz.

Jucá afirma que os vetos de Dilma buscaram recompor a Medida Provisória original, que tinha um nível de proteção superior à alteração feita pelos parlamentares. Na opinião dele, algumas proibições foram favoráveis à conservação ambiental, ao proteger as matas ciliares em volta de rios e as nascentes intermitentes, que têm água apenas no período das chuvas. Apesar disso, a forma como a medida foi estabelecida não agradou ao especialista.
“O decreto deixa uma insegurança jurídica total, ao produtor e ao meio ambiente. Dessa forma, o Brasil fica sem Código Florestal e abre chance para um questionamento legal", revela. Uma equipe do Comitê Brasil, que reúne 200 entidades, deve analisar o conteúdo do texto de forma criteriosa para formular uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) e encaminhá-la ao STF.
“Agora vai ficar na mão do Judiciário. O jogo não acabou, estamos nos pênaltis. O STF é o juiz, e está com o apito na boca”, compara o especialista do WWF. Segundo ele, uma simples análise do Supremo já veria “fortes problemas” no decreto.
“A verdade é que o Legislativo e o Executivo não conseguiram formular uma boa lei ambiental para o Brasil. Na nossa opinião, não houve veto aos grandes desmatadores. Fico abismado como o governo consegue fazer um ato desses com um tema tão sensível”, afirma.
Greenpeace

A organização de defesa do meio ambiente Greenpeace também fez duras críticas ao decreto. De acordo com a assessora de políticas públicas da ONG, Renata de Camargo, a nova lei consolida um pensamento de proteção a áreas de baixa produtividade e alto índice de degradação, como a pecuária.
“Em vez de termos algo mais rigoroso, em que a preservação das florestas esteja no centro do problema, a lógica mudou e áreas desmatadas ilegalmente foram consolidadas. É como se tivessem falado: ‘Passa a régua, daqui para a frente a gente vê’”, afirma Renata, em referência ao que ela chama de "anistia" aos grandes desmatadores.
A assessora do Greenpeace acredita também que a questão vá agora para o STF e tribunais pelo país.
“Vai ter briga de vizinho, uma corrida de disputa de proprietários. Ficou parecendo que o crime compensa. E não há expectativas de que essa nova lei vá funcionar, principalmente com menos proteção”, diz.
Na opinião de Renata, o texto do novo Código não deveria ter ido para o Congresso como uma Medida Provisória, mas sido publicado por decreto antes disso.
“No Congresso, as forças são muito desequilibradas. Dois terços do Senado pertencem à bancada ruralista, então acabaria vindo uma lei desigual. O governo se livrou de um problema, mas gerou outro muito maior”, destaca.
O Greenpeace também divulgou uma nota, em que diz que a presidente, “com vetos parciais, consolida uma legislação que tem pouco de proteção e muito de devastação”. Marcio Astrini, da campanha Amazônia da ONG, afirmou que, apesar dos avisos de cientistas e da posição de diferentes setores da sociedade, o governo foi “omisso” e à vezes “conivente”, e “Dilma escolheu o caminho do retrocesso ruralista”.
O texto do Greenpeace informa ainda que, daqui para frente, o país deixa de ter uma das legislações florestais mais modernas do mundo para dar lugar a uma lei que atende aos interesses dos latifúndios e do agronegócio – que teria virado a questão central, em vez das florestas.
Para Astrini, “a agenda ruralista sempre foi clara. A diferença é que agora encontraram um governo disposto a barganhar com essa agenda”.
Fonte:G1