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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Comércio exterior pode ter segundo melhor ano em 2012


Para secretária do ministério, exportações de manufaturados impedirão uma queda maior nas vendas externas


Contêineres no porto de Santos: comércio exterior brasileiro
pode ter segundo melhor ano em 2012, diz secretária do Ministério


São Paulo - Apesar das dificuldades, 2012 será o segundo melhor ano do comércio exterior do Brasil, perdendo para 2011, segundo a secretária de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres. As exportações de manufaturados impedirão uma queda maior nas vendas externas, segundo a secretária.



“O saldo positivo na balança no final do ano será maior que o esperado por muitos”, disse a secretária. O comércio exterior brasileiro está sendo afetado pela crise internacional, que diminuiu a demanda por parte de alguns países, e também pela queda de preços de alguns produtos que o Brasil exporta, como o minério de ferro.
“Em 2011, não sentimos os efeitos do cenário externo, que já estava preocupante. Em 2012, a retração de mercados e queda de preços afeta nosso comércio exterior”, disse a secretária, para quem a mensagem não é negativa.
Países árabes
Durante evento realizado hoje pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira, a secretária destacou a importância da região para o comércio exterior brasileiro. “O mercado árabe é estratégico. É importante para o Brasil diversificar seus parceiros comerciais, sua na pauta exportadora”, disse.
Nos últimos 10 anos as exportações do Brasil para a região cresceram cerca de 4 vezes, o mesmo ocorreu com as importações. A corrente de comércio atingiu seu recorde em 2011, 25 bilhões de dólares. Açúcar e carne correspondem a cerca de 50% do que o Brasil exporta para a região. 85% do que o Brasil importa da região são combustíveis e lubrificantes. “Há um potencial muito grande a ser explorado”, disse.
A crise internacional faz o Brasil viver um período de baixa demanda por parte de países tradicionais como os da União Europeia, a vizinha Argentina e também a China, segundo a secretária. Na ponta contrária, as importações vindas da China aumentam, e o país pode passar os Estados Unidos como maior vendedor para o país.
De janeiro a setembro, as exportações brasileiras para o mundo caíram 4,9% - a queda em relação aos países árabes foi menor, segundo a secretária, que destacou a importância de o Brasil manter sua presença na região. Para as empresas, a dificuldade está na regularidade do processo exportador, segundo a secretária.



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