Massa encerrou jejum de dois anos e 35 corridas sem pódio ao ser segundo colocado no Japão Foto: Reuters |
A notícia põe fim a uma sequência de especulações que davam como certa a saída de Massa da escuderia italiana e que passaram a perder força no segundo semestre de 2012.
Será a oitava temporada consecutiva de Massa como piloto titular da Ferrari, mas os boatos sobre sua saída do time não terminaram. De acordo com a rede britânica BBC, a expectativa agora é de que o brasileiro, atualmente com 31 anos, deixe o time vermelho no final de 2013 para ceder o assento ao alemão Sebastian Vettel, bicampeão da categoria. Ou seja: o segundo semestre de 2013 deve ser de mais rumores envolvendo o nome e o destino do brasileiro.
Desde o acidente que sofreu no Grande Prêmio da Hungria de 2009, quando foi atingido na cabeça por uma mola que caiu da Brawn GP de Rubens Barrichello durante os treinos, Felipe Massa passou a sofrer com o rendimento em queda e com o noticiário. Substituído nas sete corridas seguintes da temporada vencida por Jenson Button (então companheiro de equipe de Barrichello), o brasileiro voltou à Ferrari em 2010, mas não mais venceu corridas desde então.
Em 2010, com um desempenho regular na volta às pistas, Massa conseguiu cinco pódios em 19 corridas, sendo segundo no Bahrein e na Alemanha. Porém, em 2011, nem sequer subiu ao pódio, e teve sua permanência para 2012 já questionada. Na época, nomes como Mark Webber, Sebastian Vettel (ambos da Red Bull), Sérgio Perez (Sauber) e Jules Bianchi (então piloto de testes da equipe) foram cotados para o posto.
Na temporada de 2012, a coisa demorou a melhorar. Na primeira metade do ano, ficou fora da zona de pontuação em cinco das dez corridas, com um abandono e tendo como melhor desempenho um quarto lugar em Silverstone, somando 23 pontos. A saída ao fim do ano era mais uma vez um fantasma, uma possibilidade que insistia em rondar o carro número 6.
Várias hipóteses passaram a circular na imprensa europeia. A MTV3, da Finlândia, dizia em setembro que Heikki Kovalainen (Caterham) havia sido convidado para visitar a fábrica da equipe italiana. Willi Weber, ex-empresário de Michael Schumacher, afirmou ao jornal alemão Bild que "voaria" a Maranello para dar ao heptacampeão uma vaga no time vermelho para 2013. Nomes como Paul di Resta e Nico Hulkenberg (ambos da Force India) também ganharam força na Itália.
Porém, a segunda metade da temporada passou a ser fértil e decisiva para Felipe Massa. Nas seis corridas após o Grande Prêmio da Alemanha (Hungria, Bélgica, Itália, Cingapura, Japão e Coreia do Sul), o brasileiro somou 58 pontos, conseguindo ainda o segundo lugar em Suzuka - foi seu primeiro pódio desde o GP da Coreia do Sul de 2010, quando foi terceiro. O desempenho no período foi superior ao de Fernando Alonso (45 pontos), e ficou abaixo apenas do de Sebastian Vettel (93 pontos).
Neste intervalo, o noticiário europeu mudou de tom. O jornal espanhol As, por exemplo, via com bons olhos a manutenção da dupla Alonso-Massa, dada a boa convivência entre eles - "o que é possível entre companheiros de equipe sempre que não existe uma competição real na pista", segundo a publicação. Mais tarde, após o oitavo lugar do brasileiro em Cingapura, a própria Ferrari destacou o desempenho do piloto, "autor de uma recuperação desde o último lugar".
Mais tarde, a permanência de Felipe Massa na Ferrari ganhou também o apoio de nomes como Niki Lauda. "Alonso gosta dele, então eu digo que uma mudança assim (na Ferrari) não vai acontecer", disse o austríaco ao site oficial da Fórmula 1 no final de setembro. O site da emissora britânica BBC anunciava, há duas semanas, que a renovação seria decidida após o GP da Coreia do Sul - e o bom desempenho de Massa, que foi quarto e pressionou Alonso ao longo da prova, certamente contribuiu neste sentido.
Com a iminência da renovação de contrato, até mesmo a imprensa italiana resolveu repensar as críticas e dar apoio ao brasileiro. O jornal La Stampa, que havia colocado Paul di Resta como favorito ao posto de companheiro de Alonso em 2013, afirmou que uma prova aceitável em Yeongam facilitaria sua renovação. Com poucas dúvidas sobre sua permanência, o brasileiro foi sempre competitivo e não foi ao pódio porque, segundo disse, "tirou muito o pé" para não pressionar Alonso, terceiro colocado em ritmo mais lento.
Confirmada a renovação, Massa tem mais uma temporada pela frente com a Ferrari. A meta agora é voltar a ser competitivo, como foi entre 2006 e 2008. Se conseguir, diminuirá a boataria que certamente envolverá seu nome e afastará a possibilidade, por exemplo, de Sebastian Vettel assumir seu carro em 2014. É esperar para ver.
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